Alguns teóricos da administração acreditam que todos os associados/contribuintes devem ter acesso às informações acerca das despesas efetuadas pelos gestores. No futebol é recorrente a idéia de atribuir à diretoria conceitos de boa ou má administração. Talvez, com contas abertas e números expostos, se vislumbraria que o possível está sendo feito, ou não. O fato é: Sem publicidade, só resta aos críticos conjecturar.
Ora, gestão é gestão e só será criticada em um único caso: falta de resultados. Se um governador desviasse verbas e ainda assim tivéssemos uma boa segurança pública e uma boa educação, nesse caso ele seria conhecido como um bom gestor. Mesmo que escancarassem os números, só a política oposicionista tentaria atacá-lo, de resto a coletividade estaria satisfeita. Provavelmente seria reeleito e teria uma rua com seu nome.
No futebol, os títulos tem o mesmo efeitos. Mas se a fase é de carência, experimenta-se o oposto. Olha-se para o gestor e se atribui responsabilidades. Todos passam a se interessar por números. Qualquer erro administrativo, por mais insignificante e distante do futebol que seja, passa a ser o motivo determinante do resultado obtido em campo.
Gosto de trabalhar com o benefício da dúvida. Se as coisas deram errado, prefiro acreditar que o gestor fez todo o possível para que o resultado fosse outro. Até porque, obviamente, no futebol nem tudo pode dar certo para todos.
No entanto, quando a situação é de tal forma bizonha, não há benefício da dúvida que salve. Carlos Alberto havia sido dispensado. Motivo? Há! Qual? Ninguém sabe. Quando se dispensa um atleta, espera-se que ele vá embora. Se esse atleta não tem pra onde ir e não há interesse em uma rescisão, então não se dispensa, deve permanecer treinando em separado até uma eventual negociação. Mas nesse caso, o atleta dispensado retorna para treinar em separado após um mês, e aí sim, o futuro será avaliado. O direito de errar assiste apenas aos que levantam taças.
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