domingo, 26 de maio de 2013

Grêmio 2 x 0 Náutico - 1ª Rodada - Brasileirão 2013

 O Grêmio deixou uma boa impressão inicial. Apesar das oscilações, o Grêmio acabou tendo um domínio tranquilo sobre o adversário pernambucano.
 A 1ª etapa começou com certo nervosismo. Aos poucos, no entanto, o Grêmio passou a impor seu ritmo. Aos 15, Elano encontrou Barcos que enfiou de primeira para Souza na frente que concluiu para defesa do goleiro, no rebote, Zé Roberto só teve o trabalho de empurrar para rede: 1 x 0. Aos 19, Bressan cabeceou por cima. Então o Grêmio passou a reduzir o ritmo sem, no entanto, sofrer grandes perigos.
 A 2ª etapa teve um Grêmio recuado. Parecia que as apresentações medrosas da Libertadores iriam se repetir. Aos 14, Vargas chutou de fora para defesa do goleiro. A partir daí só deu Grêmio. Aos 16, Vargas marcou impedido. Aos 25, Elano cabeceou para a rede em cruzamento de Souza: 2 x 0. Barcos arriscou alguns chutes de fora da área e o jogo caminhou para o fim com tranquilidade.
 Individualmente:
 Dida - Sem problemas. Precisa melhorar a reposição de bola.
 Pará - Foi bem. Participou mais do ataque do que de costume.
 Bressan - Muito bem.
 Werley - Muito bem.
 Alex Telles - Excelente atuação.
 Fernando - Começou mal, com muitos erros. Depois estabilizou.
 Souza - Muito boa atuação.
 Elano - Não estava bem. Furou em bola, mas compensou no mesmo lance, marcando o gol.
 Zé Roberto - Excelente jogo.
 Vargas - Erra demais, em momentos cruciais.
 Barcos - Foi bem, mas ainda um pouco mais distante do gol do que se espera.
 Os substitutos:
 Guilherme Biteco (Elano) - Bem.
 Kléber (Vargas) - Não deveria sair. Merece mais oportunidades.
 Welliton (Barcos) - Mal tocou na bola.
 O Grêmio folga na 2ª rodada, em face de o adversário Atlético MG estar envolvido na Libertadores, e pega o Santos sem Neymar, na Vila, no sábado, dia 1º.

domingo, 19 de maio de 2013

Criancinhas, Herdeiros de um Grêmio pobre e os Paradigmas

 Passados três dias e ainda dói. O gremista Mário Quintana diria, em adaptação ao seu poema Mapa, que: "sinto uma dor infinita, dos títulos que como gremista, jamais conquistei". Essa dor só existe por ter assistido o Imortal valente em campo. Hoje, assistir e acreditar no Grêmio é como torcer para um Sansão, desprovido de suas tranças, livrar-se do moinho dos Filisteus.
 Pelé, dito por muitos de seus contemporâneos como o maior dos maiores, ao marcar seu milésimo gol, em 1969, extrapolou a esfera do futebol e asseverou que deveríamos pensar nas criancinhas. E hoje, com um filho de pouco mais de três meses em casa, assisto o Grêmio ser expurgado de mais uma competição e não posso deixar de pensar nos pequenos.
 Penso naqueles que nasceram no final da década de 90 até hoje. Imagino se daqui a alguns anos, meu filho não virará para mim e dirá, fazendo uma releitura da música do vermelho Gaúcho da Fronteira: "Mas que Grêmio é esse que eu recebo agora?/ Com a missão de conquistar a Taça./ Se desse Grêmio que me fala história/ Não nos restou nem sequer a Raça".
 Conta-se no entanto, que houve um experimento com macacos que eram punidos com jatos de mangueira quando algum dos seus companheiros buscava as bananas do alto da escada, dentro da jaula em que se encontravam. Quando perceberam a relação de causa e consequência, passaram a impedir os gulosos de subir a escada, utilizando-se de violência. Com o tempo, os macacos foram sendo substituídos, mas a prática de impedir os companheiros de subir as escadas perdurou, ainda que nenhum dos macacos que lá estava teria na vida tomado um banho de mangueira. Isso acontece porque foi criado um paradigma. A prática consuetudinária do "sempre foi assim".
 Desta forma, prefiro acreditar que ele terá orgulho do Grêmio. Esse Grêmio forte que eu lhe contarei, ainda que nunca tenha visto. Porque este Grêmio forte não é percebido pela mera observação, mas sim, pela crença no paradigma alimentado por todos os gremistas.

sexta-feira, 17 de maio de 2013

Santa Fé 0 x 1 Grêmio - Oitavas de Final - Taça Libertadores 2013

 Estamos eliminados outra vez. A impressão que o torcedor sentiu quando Vargas mandou pra longe as esperanças do Grêmio aos 48 do 2º tempo é de que nunca mais iremos erguer uma Taça. Nessas horas cogitamos se alguma mandinga forte foi lançada sobre nosso Grêmio: Desde 2007 alternamos anos ímpares de eliminações na Libertadores e anos pares de classificações, sem levantamento de taças.
 A novela se repete na Colômbia e nos últimos momentos da partida, o Grêmio cedeu para o adversário. Aos 34, Medina ingressou na área a dribles e marcou o gol único da partida.
 Longe de ter uma atuação ruim, talvez um pouco nervosa e sem ousadia, o Grêmio não conseguiu fazer prevalecer a vantagem do 1º jogo. Lembrando que era uma vantagem relativa, considerando o gol adversário, originado de uma bobagem do zagueiro Cris.
 Individualmente:
 Dida - Salvou o time em uma cabeceada.
 Pará - Jogador aguerrido, mas muito preso à marcação.
 Bressan - Bem.
 Werley - Não foi bem, com falha no início do 2º tempo.
 André Santos - Razoável.
 Fernando - Muitos erros.
 Souza - Razoável.
 Elano - Nada criou, só marcou. Para isso, seria melhor ter colocado alguém que efetivamente marcasse.
 Zé Roberto - Parece que lhe falta algo. Olho de tigre, talvez. Saiu de campo com uma aceitação passiva, tal qual sua atuação.
 Vargas - Não leva sorte. Não pode perder aquele gol aos 48.
 Barcos - Lutou isolado.
 Os substitutos:
 Kléber (Elano) - Sem tempo.
 Welliton (Barcos) - Sem tempo.
 Marco Antônio (Fernando) - Sem tempo.

 O Grêmio foi eliminado em 90 minutos em que não foi mal, ainda mais comparando às demais partidas que disputou pela competição continental. Mas a realidade é que o futebol do Grêmio este ano sequer teria sido suficiente para um Campeonato Gaúcho, caso tivesse disputado a valer.
 Aguardaremos as consequências desta derrota no decorrer da semana. O investimento era alto. O bolso do torcedor ainda dói. O resultado pífio obtido no 1º semestre não pode ficar impune.

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Probabilidade Oitavas Libertadores 2013

 Desde 2005, a Libertadores adotou o gol fora como critério para desempate em sua fase de mata-mata, exceto na final. Foram 118 confrontos no período entre 2005 a 2012. Com base nos resultados do jogo de ida da Libertadores 2013, podemos fazer este prognóstico de chances:

Chances
Time
Placar
Time
Chances

São Paulo
1 x 2
Atlético-MG
87,50%

Tijuana
0 x 0
Palmeiras
84,62%
66,67%
Boca Juniors
1 x 0
Corinthians


Newell's
0 x 1
Vélez
100,00%
54,55%
Grêmio
2 x 1
Santa Fé

66,67%
Real Garcilaso
1 x 0
Nacional

54,55%
Tigre
2 x 1
Olimpia

54,55%
Emelec
2 x 1
Fluminense

 Historicamente os visitantes levam vantagem nos confrontos, com ligeira vantagem de 52,54%. Segue tabela completa, levando em conta os jogos de ida:
Histórico de confrontos em mata-mata na Libertadores 2005-2012
Placar
Casa Classificado
Visitante Classificado
TOTAL
0 x 0
2
11
13
0 x 1
0
9
9
0 x 2
0
1
1
1 x 0
8
4
12
1 x 1
5
13
18
1 x 2
1
7
8
1 x 3
0
1
1
2 x 0
9
1
10
2 x 1
6
5
11
2 x 2
2
3
5
2 x 3
0
1
1
2 x 4
1
1
2
3 x 0
12
0
12
3 x 1
2
3
5
3 x 2
3
0
3
3 x 3
0
1
1
4 x 0
3
0
3
4 x 1
0
1
1
4 x 2
1
0
1
5 x 1
1
0
1
Total
56
62
118

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Grêmio 2 x 1 Independiente Santa Fé - COL - Oitavas de Final - Taça Libertadores 2013

 Uma vitória com placar complicado. Evidentemente vencer nos dá vantagem para o segundo confronto, ainda mais pelo contexto em que se desenhou a partida na noite de hoje. No entanto, não deixa de ser preocupante a ideia de que uma vitória simples classificaria os colombianos no dia 16. O jogo teve um herói: Fernando, autor do gol redentor. E também teve um vilão (que deveria repartir o soldo do mês com o volante): Cris que foi expulso novamente cometendo um pênalti bobo.
 Na 1ª etapa, com a volta de Elano, o Grêmio teve boas oportunidades com a bola parada do meia. Teve até bola na trave aos 11, em chute do meia. O gol, no entanto, saiu com a bola rolando, em cruzamento de Alex Telles e belo cabeceio de Vargas, aos 28. A vantagem parece não ter feito bem ao Grêmio que recuou e aceitou o jogo de "cavar faltas" do adversário que contava com a colaboração integral da arbitragem.
 O 2º tempo mal havia começado e Cris cometeu pênalti bobo levando o 2º amarelo aos 7. Dois minutos depois, Omar Pérez chutou no meio e empatou a partida. 12º pênalti contra Dida e nenhuma defesa. O Grêmio passou a arrancar forças das circunstâncias para apertar o adversário. Aos 26, Barcos cabeceou e a bola saiu raspando em escanteio cobrado por Fernando. Aos 35, o mesmo Fernando pega rebote e manda uma bomba de fora da área para desempatar novamente em favor do Tricolor. O jogo então se arrastou para o final dramático.
 Individualmente:
 Dida - Sem dificuldades. Não tem confirmado a fama de pegador de pênalti.
 Pará - Como sempre lutador e com atitude. Ainda está devendo em matéria ofensiva.
 Bressan - Mais uma boa partida.
 Cris - Não sei se é falta de qualidade ou azar. Mas merecia uma "demissão por justa causa" pela reiterada imperícia. Deve ficar de fora por um tempo, no banco. Outra opção é emprestar para o Ju jogar a Série D.
 Alex Telles - Entrou muito bem na equipe.
 Fernando - Cresceu no 2º tempo e foi espetacular quando tinhamos um a menos.
 Souza - Errou mais do que sua média, mas foi voluntarioso e aguerrido.
 Elano - Dá mais organização ao time. Foi sacrificado para entrada do zagueiro Gabriel.
 André Santos - Faltou mais participação. Lutou muito com um a menos em campo.
 Vargas - Bem. Marcou o gol.
 Barcos - Foi empenhado e lutou praticamente sozinho na 2ª etapa.
 Os substitutos:
 Gabriel (Elano) - Discreto, como o zagueiro deve ser.
 Guilherme Biteco (Alex Telles) - Entrou ligado. É opção na meia da equipe.
 Kléber (Barcos) - Entrou para matar tempo.
 O Grêmio volta a campo na Colômbia, no dia 16, às 22hs, onde buscará a sonhada vaga para as quartas-de-final.