domingo, 1 de maio de 2011

Devagar é que não se vai longe

 Sempre que questionada sobre reforços durante o transcorrer desse primeiro semestre, a direção tricolor sempre agiu como se estivesse trabalhando a toque de caixa nos bastidores. Na verdade o que se viu foram reforços que pouco contribuiram com o Grêmio.
 O título do post é trecho da música Bom Conselho, de Chico Buarque. O grande poeta lembra também que "está provado: quem espera nunca alcança". A letargia da direção, prevenida pelo compositor, acabou por levar o Grêmio à situação atual.
 Sempre fui contra a volta de Ronaldinho. Fiquei feliz quando não deu certo. Esperava que a direção teria uma carta na manga para consolo da torcida. Expectativa vã. O que desembarcou nesse ano no estádio Olímpico, chegou e pouco agregou. É verdade e justiça seja feita, o presidente Paulo Odone é responsável  em grande parte pela guinada de 2005-2008. Apático e endividado, o Grêmio retornou de forma hercúlea a Série A, chegou a final de uma libertadores e quase papou um Brasileiro. Mas assim como as façanhas são lembradas, os fracassos também ecoam por todo o sempre.
 Ah, mas e as lesões? - muitos reclamam. Qualquer time de futebol sofre com lesões. Faz parte do esporte, o time campeão tem sempre um grupo campeão. De mais a mais, André Lima, Lúcio e Victor são importantes, mas não fariam esse time decolar. Fazem falta, mas não são as soluções para os problemas.
 E assim, ano pós ano, raros os torcedores que lembram dos campeonatos e títulos. Assim, mal-acostumados os torcedores não lembrarão das glórias, e tal qual outro time do RS fazia na década de 90, considerarão um título regional e um placar elástico em um clássico como conquistas memoráveis.
 Acreditar é preciso, nada está perdido, mas corrigir os erros do presente é prosperar no futuro, e no ritmo que está, aí sim é que não se vai longe.

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