quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Reservas e Libertadores

 Poupar titulares para jogar a Libertadores é prática comum entre as equipes. Os calendários apertados, pré-temporadas encurtadas e o risco de lesões acabam sendo os motivos mais comuns para utilização desse expediente.
 O Grêmio, nas últimas 4 competições sul-americanas que disputou, acabou aderindo à prática em relação ao campeonato gaúcho.
 Em 2007, tivemos grande campanha na Libertadores. Chegamos à final. Naquele ano fomos também campeões gaúchos. Lembro da emocionante semi-final, onde o Grêmio reverteu desvantagem de 3 x 0 aplicando goleada de 4 x 0 no Olímpico sobre o Caxias. Nesse ano, das 20 partidas jogadas pelo campeonato, apenas 2 tiveram a utilização de reservas: Guarani-VA e São José-CS.
 Em 2009, outra boa campanha na Libertadores. Alcançamos a semi-final. O campeonato gaúcho, no entanto, não apresentou boas lembranças. Fomos vice-campeões da Taça Fernando Carvalho e eliminados nas oitavas da Taça Fábio Koff. As partidas derradeiras foram Grenais. O último causou a demissão de Celso Roth. Naquele ano, das 19 partidas, 6 tiveram reservas: Veranópolis (2), Brasil-Pel, Sapucaiense, Ulbra e Caxias. Neste campeonato, levamos 4 x 0 do Caxias com os reservas.
 Em 2011 fomos eliminados da Libertadores nas oitavas-de-final. Nossa campanha continental que já dava mostras de ineficácia fizeram com que a equipe passasse a utilizar titulares no regional e ficasse em somente 6, os jogos em que atuamos com reservas. Das 23 partidas, os confrontos que atuamos com reservas foram: Ypiranga, Universidade, Inter, São Luiz, Cruzeiro e Porto Alegre. Nesse ano, vencemos a Taça Piratini e fomos vice-campeões da Taça Farroupilha e vice-campeões gaúchos.
 Em 2013 somamos 7 partidas de 9 com os reservas. Das quais, 2 derrotas em Grenais por 2 x 1 e uma goleada impiedosa do São Luiz por 4 x 0.
 Em uma análise pragmática fica claro que poupar titulares para a Libertadores não garante bons resultados. Acaba sendo um expediente que retarda o entrosamento entre o plantel e mascara diagnósticos sobre a equipe.
 Creio que a utilização dos titulares deva ocorrer de forma a não prejudicar a recuperação física imediata, levando em consideração também o desgaste das viagens. No entanto, sem o exagero dessa temporada.
 Campeonato Gaúcho é pouco mas é melhor do que nada.

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