sexta-feira, 12 de abril de 2013

É a ferro e fogo que se forja um libertador da América.

 A América Espanhola teve que derramar muito sangue para conquistar sua independência. Guerras devastadoras gravaram na história os nomes de heróis como Bolívar, Artigas, José de San Martín, Antônio José de Sucre, entre outros. O Brasil, de sua parte, pagou pela sua liberdade, assumindo dívidas da Coroa Portuguesa em troca de sua independência. 

 A história de dois séculos atrás se repete nos dias de hoje. O Brasil paga, e paga caro, para "libertar a América". Os países hispânicos, cuja situação econômica é flagrantemente inferior, tem que suar sangue para conseguir o mesmo que o Brasil faz com seu vil metal. 

 No Grêmio a história é diferente. Somos brasileiros sim. Orgulhosos de nascer na Província de São Pedro. Mas em nossas veias corre o sangue farrapo e a nossa alma é castelhana. Já libertamos a América em duas oportunidades e fizemos isso da única forma que sabemos: com sangue. 

 Nesse ano, montamos um exército de guerreiros valorosos. Condecorados em outros rincões. Mas aqui, no Sul, suas insígnias e valores não bastam. Para libertarmos a América novamente precisamos de mais: precisamos da virtude que nosso hino fala. 

 Devemos evocar nossos heróicos fantasmas, irmãos de sangue farrapo e de alma castelhana para que acompanhem nosso exército no campo de batalha na próxima semana. Aí então estaremos completos. Até mesmo ao olhar nosso general repleto de insígnias no paletó italiano à frente da casamata veremos nele o gaúcho de pilcha surrada e facão afiado. 

 Nossos atletas serão como mártires farroupilhas sobre o lombo do cavalo, orgulhosos pelo iminente privilégio de darem suas vidas por causa tão nobre. 

 O terror será tamanho entre as linhas adversárias que congelará até mesmo seus pensamentos. E nossa esquadra não terá pena. Nobres guerreiros não são piedosos. Eles conferem ao inimigo a honra que esperam um dia receber: uma morte rápida. 

 Nossos libertadores serão forjados na próxima quinta. Com ferro, como de costume. E nascerá uma nova tropa com o condão de libertar mais uma vez a América!

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