segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Era Odone, Fábio Koff e 2013

Era Odone

 O ano de 2012 termina sem grandes motivos para o torcedor gremista se orgulhar. Aliás a Era Odone termina seu ciclo recente sem títulos no futebol profissional. O que ficará em nossas memórias é a despedida do Olímpico Monumental e a inauguração que virá da Arena do Humaitá, nova casa do Tricolor.
 Fazendo um balanço desta última gestão, nas quatro linhas, temos o seguinte retrospecto nos jogos derradeiros:
 02/02/2011 - Grêmio 3 x 1 Liverpool-URU - Conquista da vaga na fase de grupos da Libertadores.
 09/03/2011 - Grêmio 2(4) x (1)2 Caxias - Grêmio campeão da Taça Piratini.
 01/05/2011 - Internacional 1(4) x (2)1 Grêmio - Vice-campeão da Taça Farroupilha.
 04/05/2011 - Universidad Católica 1 x 0 Grêmio - Eliminado da Libertadores nas oitavas-de-final.
 15/05/2011 - Grêmio 2(4) x (5)3 Internacional - Vice-campeão do Campeonato Gaúcho.
 04/12/2011 - Internacional 1 x 0 Grêmio - Grêmio termina o campeonato brasileiro em 12º lugar e Inter se garantiu na LA 2012.
 26/02/2012 - Caxias 1(5) x (4)1 Grêmio - Grêmio eliminado na semifinal da Taça Piratini.
 29/04/2012 - Internacional 2 x 1 Grêmio - Vice-campeão da Taça Farroupilha.
 21/06/2012 - Palmeiras 1 x 1 Grêmio - Eliminado da Copa do Brasil na semifinal.
 15/11/2012 - Millonarios-COL 3 x 1 Grêmio - Eliminado da Copa Sul-americana nas quartas-de-final.
 02/12/2012 - Grêmio 0 x 0 Internacional - Grêmio termina o campeonato em 3º e terá que passar pela Pré Libertadores em 2013.
 Entre os jogos definitivos foram 5 grenais. Apesar do retrospecto ser positivo nesses dois últimos anos: 5V-3E-3D, não atingimos nossos objetivos quando o jogo valia algo. O 3º lugar no campeonato nacional deste ano há de ser comemorado. Embora não seja um título, foi nosso 2º melhor desempenho nos pontos corridos, só perdendo para 2008, onde fomos vice-campeões com 1 ponto a mais.
 Em 2010, nosso time titular era: Victor; Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos; Adilson, Rochemback, Douglas e Lúcio; Jonas e André Lima.
 Em 2012, nossa melhor escalação era: Grohe; Pará, Werley, G. Silva e Pico; Fernando, Souza, Elano e Zé Roberto; Kleber e Marcelo Moreno.
 Melhoramos com Gilberto Silva (Rafael Marques), Fernando (Adilson) e Souza(Rochemback). Pioramos com Pará (o Gabriel versão 2010 era melhor), Pico (Fábio), Werley (Paulão) e Kléber (Jonas). Mantivemos o nível com Elano (instável como o Douglas de 2010), Zé Roberto (participativo mas pouco definidor como o Lúcio de 2010) e Marcelo Moreno (similar ao atual reserva André Lima). Saldo de um negativo.
 Apesar dos pesares, sinto que a gestão de Odone não foi tão negativa como os números frios demonstrariam. Faltou um pouco de sorte, por vezes, como na eliminação da Copa do Brasil e Sul-americana deste ano. No campeonato nacional, fizemos tudo certo, fomos estáveis, empatamos uma no primeiro turno e perdemos uma no segundo turno, mas o Fluminense foi muito acima da média. Nas últimas rodadas, faltou pernas para nossos meias-veteranos e acabamos com a 3ª posição.


Fábio Koff e 2013

 Fábio Koff é mais do que um mero presidente. É uma lenda. Uma mística que remonta tempos prósperos. Quando o Grêmio foi grande Hélio Dourado, Paulo Odone, Cacalo e Guerreiro, só para citar os que angariaram títulos mais expressivos, estiveram em seu comando, mas quando o Grêmio foi maior, lá estava Fábio Koff.
 Essa magia fez com que os torcedores depositassem todas as suas fichas nele na eleição deste ano.
 A fase é horrível. A torcida se impacienta por títulos. A insegurança toma conta do ambiente. O cheiro de fracasso não consegue ser abafado nem mesmo com o melhor perfume escolhido da melhor safra de jogadores.
 O que fazer então? Arranjar um reserva do Flamengo e outro do Vasco e rezar para que se tornem sucessores de Paulo Nunes e Jardel? Evidentemente não. Os tempos são outros. Hoje os recursos são abundantes e os jogadores nacionais e estrangeiros olham para o mercado nacional com a mesma voracidade que os atletas nacionais olhavam para o exterior no passado.
 Então como ser campeão? A resposta é simples. Com planejamento adequado. O que queremos e o que podemos são separados por um abismo. Não conseguiremos disputar três campeonatos (Libertadores, Copa do Brasil e Gauchão) no 1º semestre em alto nível com um grupo limitado como o que tivemos neste ano. A solução? Precisamos de qualidade, mas também de quantidade.
  Não adianta contratar Messi e ter Clementino no banco de reservas. Melhor seriam dois Jonas.
 Precisamos de dois zagueiros de qualidade para se juntar ao titular Werley e o reserva Naldo. Precisamos reabilitar nossos alas-esquerdos Julio Cesar e Fábio Aurélio e contratar um bom lateral-direito, mantendo apenas o Pará na reserva. Os volantes Fernando e Souza precisam de ao menos outros dois jogadores em condições de substituí-los à altura. A meia precisa de juventude para mesclar com a experiência de Elano, Zé Roberto e Marquinhos, mas não adianta ser jovens dribladores como Rondinelly, Vangler ou Felipe Nunes, precisa ser algo como Diego Souza. O ataque é complicado. Kléber precisa voltar. Moreno precisa jogar. Precisamos de um atacante de velocidade, verticalizador, mas não basta ser um xodó como Bertoglio, deve ser algo como Wellington Nem.
 Com um bom técnico como o que temos na casamata, os reforços vindo e um planejamento concreto, tenho certeza que mais uma vez Koff aumentará seus atributos quando o assunto for a lenda do presidente da voz rouca.


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